Numa noite de chuva torrencial e de trovoada que iluminou de coragem a cidade de Lisboa, A Cidade na ponta dos dedos lançou um manifesto. Um manifesto para reagir a estes tempos frágeis e incertos que o nosso país atravessa. A ideia surgiu depois de sentir que estava rodeada de portugueses congelados pelo medo. O mesmo medo que nos impede de reagir, perante os desafios que temos de enfrentar, todos os dias.
Na senda do associativismo que tanto defendo convidei a Burel e os Storytailors para fazerem parte deste projeto. Pela beleza que trazem dentro, pelo talento do João Branco e do Luis Sanchez, pelas causas a que se associam, com a excelência de o Burel pela mão da Isabel Dias da Costa ter nascido para salvar a dignidade dos trabalhadores de Manteigas, que viam as suas fabricas e o seu sustento a desaparecer. Hoje o Burel cobre paredes de empresas como a Microsoft, tem lugar de destaque na revista Monocle e todos os anos viaja a uma feira em Tóquio.
A capa ‘Eu não tenho medo’, é uma peça icónica, mas mais do que uma peça de design vestível e comprável (a partir do final de Março e também em preto) é um manifesto, um manifesto que imaginei para não deixar os portugueses renderem-se às intempéries destes tempos de crise. Uma crise que sempre considerei ser muito mais de valores, e que coabita no nosso tempo, apenas para nos tornar mais unidos, mais fortes, mas sobretudo, mais puros.
agradecimentos
Artur Lourenço (fotografia), Carlota Maricato (salve-se quem puder), Duarte Stock (fotografia), Filipa Respício (fotografia), Iberdaste Regra Papiro (convites), Joana Figueiredo (eficiência ao alto), João Branco (o Lobo Mau que representou o Governo muito bem), Luis Ferreira (fotografia e video), Lusoflorestal, Madalena Cerqueira, Miguel Guedes Ramos, Nuno Sousa Dias, Luis de Barros (fotografia), Sandman (as bebidas tinham de ser uma marca com capa), Sara Campos (há estágios que valem milhões) Tartine (catering) e Teatro São João do Porto (cabeça do Lobo Mau)
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