I wander around the city and its escapes, discovering the experiences that are worthwhile in a world full of noise.
As a curator of the best of Portugal and sometimes as a World traveller, with more than twenty years of articles published, in the national and international press, and also as an TV Show. author, this is my digital magazine, where I present my curated collection of exquisite life experiences.

Sancha Trindade

Vogue Fashion Night Out 2012, foi ontem

De tanga ou não, ‘o povo saiu à rua’ e foi o que se viu. Lisboa ao rubro, mas este ano para mim com gente a mais. Tipo versão Santos Populares em que se anda na rua de pés no ar, com tanto aperto que somos transportados pelos dos ombros dos outros viajantes. Chiado o caos. Horas para descer e gente a magote. Será que toda esta gente consome? Claro que não, senão o governo decretava já amanhã, a partir de agora ‘Vogue Fashion Night Out’ todos os dias, se faz favor.

Tinha a estratégia bem delineada e tenho de pedir desculpas porque este ano não me entreguei aos registos tal eram os safanões e a minha Leica é uma miúda sensível, assim frágil, como a cidade. Mas aqui ficam alguns spots. Primeiro a Baguera no palácio Quintela, com a criatividade da Branca Curvier (sempre com o talento fotográfico do Francisco Bahía Nogueira). De longe o espaço mais bem conseguido onde entrei ontem. Mega ambiente, mega música regada a vinho branco gelado e claro a criatividade da Branca. Não me vou alongar muito, porque esta mulher vai longe (e quando digo longe é a nível mundial) e terei já para a semana oportunidade de escrever sobre o seu talento. E fiquem atentos que será uma das minhas próximas convidadas do mês com direito a passatempo.

Godiva. Tinha de ser, embora me tenha desiludido a luz forte da loja, a desorganização das colaboradoras e uma senhora mais velha com ar stressado que não deve saber que não há pessoas mais importantes que outras, os humanos são todos iguais. De passagem , os meus queridos holandeses da Skynlife, que tinham uma máquina de bolas de sabão e  que tantas vezes vi nas portas das lojas dos meus dias vividos em Amesterdão. Passei na Rua Garret para espreitar a instalação da Luísa Salvador e da Ana Costa Pinto e vi o momento alto da noite, um lustre pendurado numa instalação de andaímes de um prédio em obras. (edifício que tem o meu olho bem grande da curiosidade). De seguida rumei ao Rossio, para jantar numa morada muito alternativa e que apenas irei revelar numa Saída de Emergência da Vogue. (preparem-se, é demais).

Do Rossio subi a Avenida para ir pela Praça da Alegria até ao Príncipe Real. E confesso pensei durante o percurso ‘que lindo seria subir pelo desperdiçado Jardim Botânico’. Seguiu-se a estética do Espaço B, o Sotão como alusão ao design português e acabei na excentricidade da LídiaKolovrat que bateu tudo com uma alusão chic de uma entrada de um talho de rua. Soberbo.

Chiado este ano foi para esquecer, Avenida o espaço de sempre e claro a cereja do fim do bolo dou-a sempre ao Príncipe Real, onde o intimismo é sempre o melhor que uma cidade tem para oferecer. E sim, de tanga ou mesmo nús, para o ano há mais.