O lisboeta vai de tanga, mas vai. Hoje sai à rua para esquecer e para ver uma Lisboa movimentada. Linda e cosmopolita como só a noite da Vogue Fashion Night Out consegue. De pés bem acentes na terra, claro que também eu vou passear pelas ruas da minha cidade e registar de Leica a minha Lisboa idealizada, aquela onde os portugueses saem à rua. E se ontem nem me atrevi a comprar uma botas na baratucha Berska (lindas, rasas cinza rato com umas tacha,s que sem qualquer trauma deixei na prateleira) hoje estarei no mesmo mood de contenção. Há que ser cúmplice com a realidade do país. É que já a partir da semana que vem, já me vejo com uma lista de títulos na Fnac, com que o meu Mestrado me estimular o cérebro e a carteira. E para não faltar nada, há que antecipar, já que não me importo de comer batido de atum a semana toda, mas faltar verba para livros, isso é que não.
Para muitos esta noite significa beber champagne e à borla. Para outros fazem-se as compras da estação, com descontos inimagináveis. Para outros significará o encontro dos viajantes pelas esquinas da cidade. Mas para mim é uma noite que observo com alegria a minha Lisboa. Assim imaginada, de ruas cheias e por todo o lado como só consigo vislumbrar em Madrid.
Na cabeça já tenho o trajeto pensado que vai iniciar-se pelas 19h30 no Palácio Quintela para dar um beijinho à Branca com a sua estrondosa Baguera (fiquem atentos ao próximo passatempo). Quero passar na recém inaugurada Godiva, nos Storytailors para dar um beijinho ao João e ao Luís. Depois Sotão, Espaço B e laurear, laurear, laurear para acabar na Liberdade com uns amigos que por lá páram. Descubram tudo o que vai acontecer aqui e mesmo de tanga divirtam-se é Lisboa ao ar livre no seu melhor.