A Cidade na ponta dos dedos viajou até Palermo e Milão, convidada pela Nespresso para conhecer as edições limitadas que elogiam as atmosferas contrastantes da elegância de Tribute to Milano e a riqueza cultural de Tribute to Palermo. Depois da viagem pelo instagram, vivida ao momento em tempo real, aqui partilho mais um lançamento especial da Nespresso ligada às cidades.
Milão move-se em compassos. Na velocidade doce de uma cidade acolhedora e na sofisticação e nas pequenas distâncias há um mundo rendido a uma catedral. A altura do Duomo recorda em sombras a cidade e os pináculos dançam estáticos com os viajantes que percorrem a praça central de Milão. Como uma vista deslumbrante, por momentos recordo que o seu telhado ficou imortalizado quando Luchino Visconti, o escolheu para no ‘Rocco e i suoi Fratelli’, quando Rocco (Alan Delon) corre atrás de Nadia (Annie Girardot) que ameaçava lançar-se por amor.
Longe dos dias da elevação de Visconti muitos dos seres humanos do século XXI tropeçariam por amor assim.
Mas Milão, detentora de uma agitação suave muito própria, e envolvida num capa que esconde muitos corações à procura de beleza acorda-me com um aroma a campo de cereais doces. Chega-me da casa Cova na Via Montenapoleone, num fim de semana ainda estival. São cereais doces e frutas finas que me desligam dos trapos esvoaçantes da rua mais desejada de Milão, numa escolha, onde elevarei sempre a humanidade dos viajantes do mundo que me acompanham e que vou descobrindo.
‘Um ser humano ergue-se sempre quando resgata ao lado de quem nos reconhece, a fiel amizade de si próprio, uma relação que tem como principal ingrediente o design de que somos feitos e que vai delineando o desejo de tudo aquilo que ainda queremos ser. Iniciam-nos no percurso da vida com as cores da alegria, para absorver com verdade os nutrientes da passagem’.
Numa das mais elegantes cidades do mundo procuro a inconfundível Borsalino, que se cruzou comigo na estonteante fita era uma vez na América de Sergio Leone e que respira nas Galeria Victorio Emmanuele. Não são apenas chapéus. São dos mais bonitos do mundo e envolvem toda uma corrente de imaginação emocional de todos os amores que ficam por viver, como o de Deborah (Elizabeth McGovern) e David (Robert de Niro).
Entre melodias breves decubro um elevador que se identifica. São lojas lindíssimas como o Corso Como onde deambulo num desejo inócuo, pois é nos humanos onde vou alcançado os mais importantes objetos.
Chegamos finalmente à Nespresso Flagship Store Milano, onde num jantar volante provamos a sofisticação descontraída de Milão. Uma simples colher elogia também o nome de quem me deu à luz e as cidades cruzam-se no seu contraste complexo e sofisticado. Karsten Ranitzch, Head Coffe da Nespresso questiona-nos sobre as sensações que fomos tendo em Milão e qual o contrastate com Palermo?
Os aromas da experiência orquestrada por momentos retêm-me a memória do Mercato Metropolitano. Lindíssimo na sua simplicidade, os aromas são surpreendentes, as pizzas polvilham-se com silêncios e as páginas soltas de um livro espelham a criatividade da imaginação.
As bicicletas correm suaves, como embaixadora do Lisbon Cycle Chic sinto-me em casa. Há homens-pássaro que esvoaçam pela cidade, quando as abas dos blazers talhados a dedo levantam voo ao som do vento.
Na fuga de quem é feliz na solidão mágica de uma bicicleta também eu me separo do grupo e fujo até à Villa Necchi. A chegada ao número 10 da Via Mozart, dispara as batidas da emoção quando abro o portão desta casa construida em 1935, pelo arquitecto Piero Portalupoi.
Na vontade da fusão silêncios de um filme que perdura o legado dos ‘meus’ Fellini e Visconti, ‘Io sono l’amore‘ do Luca Guadagnino tira-me a respiração, sempre que o revejo. Não apenas pela beleza, intensidade e sensualidade inesperada da história, não apenas pela estética de toda a fita, não apenas pela intensa composição sonora de Jonh Adams, não apenas pelo amor proibido de Emma Recchi (Tilda Swildon) e Antonio (Edoardo Gabbriellini), mas agora também pela lindíssima casa que finalmente descubro pelos meus próprios passos.
E de onde vem afinal a sensação de nos sentirmos mais perto da mais profunda beleza do mundo?
‘Mesmo sem resposta, há momentos singulares no percurso do caminho. Sejam com a brisa dos campos de cereais doces, seja a ganhar os legumes frescos de Sanremo. Seja perdidos na solidão de um aeroporto, seja num café na cidade. Ou seja nos encontros que ousamos achar não poderem existir, haverá sempre um tributo para viver. Um tributo para sentir, na tal linha que nos salva da escuridão e onde somos finalmente amados e reconhecidos. Incondicionalmente.’
Tribute to Palermo aqui.
Mais aqui.