‘Tenho tido a sorte de me associar a projectos que têm muito a ver comigo. Projectos que amam a cidade, a singularidade dos seus bairros, a riqueza das pessoas que lá moram, que gostam de partilhar os locais charmosos como quem anuncia o nascimento de um filho, que amam as palavras e que as respeitam, com a importância que se dá à nobreza do mensageiro no começo de um conflito, projectos que vibram com imagens, que descrevem as pedras redondas dos caminhos e as paragens mais eruditas, que amam a história, a orgânica imperfeita das pessoas, as cusquices que não ferem, os filmes que devemos repetir, projectos que se alimentam dos clássicos mas que se reinventam na fimbria mais fina dos dias. Projectos que não têm medo de amar o que é belo, o que é romântico, o que se inscreve com singularidade na história e que por isso fazem parte da história dos meus dias’.
Isabel Saldanha, aqui