I wander around the city and its escapes, discovering the experiences that are worthwhile in a world full of noise.
As a curator of the best of Portugal and sometimes as a World traveller, with more than twenty years of articles published, in the national and international press, and also as an TV Show. author, this is my digital magazine, where I present my curated collection of exquisite life experiences.

Sancha Trindade

Embaixadora do Lisbon Cycle Chic

Sancha Trindade Miss Atlântica copyright José Cabral O Alfaiate Lisboeta (2)

O movimento internacional nascido em Copenhaga, em Lisboa com o nome Lisbon Cycle Chic, orquestrada pela alegria contagiante do Miguel Barroso (especialista em espaço urbano e mobilidade sustentável, colabora com a FPCUB, e estuda e trabalha nas questões da cidade, do espaço público, pedonalidade e bicicleta), nomeou-me embaixadora da causa em Lisboa. É para mim um orgulho já que acredito numa cidade sustentável com cidadãos mais portáteis, livres e felizes.

Reforçando as minhas palavras, sobre os benefício de pedalar pela cidade, depois de três anos de vida passados em Amesterdão também eu achava que seria um desafio estóico por-me em cima de duas rodas colina acima, colina abaixo, mas enganei-me redondamente quando descobri a minha bicicleta eléctrica. Da primeira vez que a usei – e fui muito inspirada pela Campanha que fiz para a CML na Semana da Mobilidade  – durante duas horas rasguei bairros, colinas e ruas e ao contrário do que estava à espera, em vez de me abalar com o possível receio de quem mergulha na experiência do desconhecido, ganhei anos de vida, um enorme bronze e um grande sorriso na cara.

Quando regresso a essa primeira sensação, volto a flutuar como ainda hoje acontece sempre que pedalo pelas ruas da cidade. Lembro-me que andei dias com uma sensação que apenas tinha em criança, com as memórias de um Verão Azul (quem se lembra?) colada a pele. Na fusão com os elementos da cidade que cresci em mente e em alma, sobre Piranhas (quem se lembram desta personagem deliciosa?) nem mesmo os automóveis e os autocarros. E confesso achava que seria um desafio corajoso, mas nada como entregarmo-nos à prova para desmistificar o mito. A sensação de liberdade, os elementos na natureza fundidos com a paixão que tenho por esta nossa Lisboa, a brisa Atlântica, o Sol, as sombras, mas sobretudo os aromas dos bairros que vão mudando e ficam mais activos quando os atravessamos a uma velocidade esvoaçante.

E as cigarras? Os sons das cigarras que apanhei ali perto do Jardim da Estrela? Na altura para me desafiar ao limite, vivi a experiência com um vestido comprido de seda, sapatos com um pouco de salto, carteira pendurada e confesso que optei pela experiência sem capacete, para  testar a brincadeira da forma mais complicada que conseguisse. Se era para mudar de estilo de vida era bom que esta experiência resultasse no seu máximo esplendor, para aderir ao uso de bicicleta como fazia em Amesterdão, debaixo de chuva, neve ou graus negativos (felizmente estas duas ultimas não nos assistem muito em Lisboa).

A grande conclusão da experiência é um elogio à alegria. Com passagem pelos mais importantes bairros da cidade, tive também de experimentar o meu percurso diário da Estrela à Rua Garrett, fazendo as calçadas envolvidas (da Estrela e do Combro) para ver se chegava lá acima. O truque? Diria que são três: Uma enorme vontade de largar o carro e passar a ser mais livre e feliz na fusão da brisa Atlântica, um banco confortável e um motor que nos ajude nas colinas. Sem ele não me arriscaria a mudar de estilo de vida, porque mesmo tendo vontade estóica , não seria viável chegar ao Chiado a pingar de cansaço. O carro encosta-se à berma apenas para vagens maiores e mesmo nessas há opções bem mais económicas e amigas do ambiente. Para o Porto só vou de Alfa Pendular por exemplo e nos dias de chuva vou a pé ou uso alguns táxis.

E é isto, desde que aderi à bicicleta que adormeço de sorriso maior, sorriso de quem com uma mudança tão simples encontrou mais umas instruções para erguer a sua felicidade. No fim do dia há sempre uma relação com a nossa bicicleta, de grande cumplicidade e a brisa Atlântica que me esvoaça os cabelos dos ombros, parece a cada dia levar com mais força o que menos importa. Porque a vida é mesmo isto, é conseguir tirar partido do momento presente, e o que a Miss Atlântica me tem dado diariamente tem sido uma benção nos meus dias esvoaçantes.

Sancha Trindade Lisbon Cycle Chic Ambassador

Sobre o Cycle Chic

Lisbon Cycle Chic para explorar aqui www.lisboncyclechic.com, no facebook aqui

Copenagen Cycle Chic para explorar aqui www.copenhagencyclechic.com, e a rede das cidades do mundo Cycle Chic  aqui

CYCLE CHICTM
O termo “Cycle Chic” foi lançado pelo cineasta e fotógrafo, Mikael Colville-Andersen, que em 2006, lançou o blogue Copenhagen Cycle Chic.

Sancha Trindade _ Isabel Saldanha Photography (4)


E o que se entende por “Cycle Chic”? É apenas uma atitude natural perante o uso da bicicleta como meio de transporte.  Gente nomal, com roupa casual,  a utilizar a bicicleta, para ir de A a B, de uma maneira rápida e sustentável. Este conceito surge muitas vezes associado a cidades como Amsterdão, Copenhaga, Berlin, Paris, entre outras, onde a bicicleta é encarada como um meio de transporte habitual, usando a mesma roupa que se utilizaria para ir a pé ou de automóvel, ao invés de equipamentos específicos como capacetes e lycra, em geral associados ao ciclismo desportivo. Imagens de gente elegante a andar de bicicleta, têm funcionado como incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte. Mas o movimento Cycle Chic não é, nem deve ser entendido como algo elitista, mas sim como uma atitude que qualquer um pode fazer: pedalar com roupas normais, descontraidamente e sem complicações.

LISBON CYCLE CHIC

Embora o conceito já fosse conhecido e “aplicado” no dia-a-dia por alguns utilizadores de bicicleta em Lisboa, no final do verão de 2010 chegou oficialmente à capital pela mão do Arquitecto Miguel Barroso(2), na forma do blogue “Lisbon Cycle Chic”. Miguel Barroso, arquitecto e especialista em arquitectura sustentável e estudos urbanos, é também Lisboa é no entanto muito diferente de Copenhaga, e essas diferenças foram incorporadas no espírito deste projecto:

A pedalar calmamente pela cidade… Com estilo e sem stress.

A cultura da bicicleta pelas ruas da nossa cidade.

Vestidos casualmente para as deslocações do dia-a-dia, a bicicleta oferece-nos uma mobilidade elegante e sustentável – para melhor sentir o quotidiano urbano de Lisboa, sem perder estilo.

O Lisbon Cycle Chic, para além do blog, contitui-se como uma delegação da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB), no âmbito da mobilidade ciclável. A utilização limitada da marca registada CYCLE CHICTM, está devidamente autorizada.

Sancha Trindade Miss Atlântica copyright José Cabral O Alfaiate Lisboeta (6)Sancha Trindade Miss Atlântica copyright José Cabral O Alfaiate Lisboeta (5)Sancha Trindade Miss Atlântica copyright José Cabral O Alfaiate Lisboeta (4)

as fotografias são todas do meu querido amigo José Cabral, autor do blog O Alfaiate Lisboeta