Ainda me recordo quando o meu dava o ar da sua graça e lançava para meio das conversas algumas expressões em Latim. Por isso olho com carinho para este tema. Hoje tropecei no elevado site Quero Estudar Melhor e conheci António Gil Cucu. O estudante tem 17 anos e vive no Porto, mas viajou até à cidade italiana de Venosa para vencer o Certamen Honoratium de 2012, uma competição que junta os melhores alunos de Latim de todo o mundo.
E perguntam já as mentes estupefatas para que serve ser o melhor do mundo em Latim? “Estudar a língua morta tem importância para compreender que ela não está verdadeiramente morta. É reconhecer que faz parte da nossa herança cultural e que está presente em todo o lado. É lembrar que esta foi a língua falada num dos maiores impérios da história, naquele que determinou a evolução da cultura europeia e, por extensão, de toda a cultura ocidental. Foi uma língua extensamente usada em todos os períodos da história até à época contemporânea”.
E para provar isso António partilha o interesse em descobrir que muitos dos provérbios portugueses usados nos dias de hoje têm origem direta no latim. Curioso, não? António partilha ainda que a sua vitória foi, um enorme reconhecimento de todo o seu trabalho em equipa com os seus professores e para os amantes das línguas clássicas. Do pouco grego que estudei no ano em que vivi em terras helénicas seria caso para dizer ‘προστατεύουν την τολμηρή’. Mas em latim ‘a fortuna protege os audazes’ ou seja, ‘audaces fortuna juvat’. Bravo.
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