Precisão no corte da fruta. É esta a memória que tenho das Nalu Bowls de Bali. E digo isto porque apesar de ter algumas receitas do género, tento recriá-las no meu andar Atlântico, mas nunca consegui. Na memória as muitas incursões de motoreta a percorrer alguns bons quilómetros de mota pela Indonésia para me render a estas famosas taças que agora chegam a Portugal.
Nas margens do Atlântico, as Nalu Bowls podem ser saboreadas na Ericeira. O nome, esse vem de outras águas já que ‘Nalu’ significa ‘onda’ em havaiano. No registo da boa onda e muito num mood surfista, as ‘Bowls’ querem-se provadas antes e depois do surf e apresentam-se sempre com fruta fresca e granola caseira. A minha preferia é a Uluwatu Bowl por ter a fruta dragão rara pelas terras do Ocidente, mas não só. Banana, papaia, framboesas e sumo de maçã com cobertura de morangos, manga, flocos de côco e mel.
Confesso que ia com receio, porque as ‘Nalu’ fazem parte das boas memórias da minha experiência balinesa, mas é uma alegria sentir que a receita mantém-se igual, apesar da distância entre oceanos. O quiosque branco com mesas corridas acompanha os vários que já existem na Indonésia e apresentam as mesmas receitas. O serviço é muito querido e rápido, em contraste com música ambiente. Estar ao Meio-Dia, a viver as minhas memórias de Bali ao som de uma pista do Lux das cinco da manhã, convenhamos, não era o que tinha nos planos. Mas gostos à parte, esta morada é uma verdadeira delícia para provar tão perto de Lisboa.
O que adorei
Comer a mesma Uluwatu Bowl que comi em Bali deste lado do Mundo.
O que melhorava
O registo da música que era muito inadequado para uma manhã de Domingo e o facto que não ser biológico.