Nos dias em que vivi em Amesterdão, cidade onde chovia quase todos os dias confirmei a inexistência de centros comerciais. É que na Europa do Norte acreditam que a chuva é abençoada, que o frio areja as ideias, e que o vento as transporta. Sendo Portugal um país inundado de Sol, não fará mais sentido fazermos as compras a céu aberto? Num bairro que é hoje um inquestionável cartão-de-visita, para lisboetas e viajantes do mundo que ousam desvendar Lisboa, faço o convite a uma tarde bem passada longe de grandes esperas ou de sorrisos onde se lê a palavra obrigação. Escolhidas a dedo foram sete, as lojas seleccionadas no Bairro Alto para fazer todas as compras de Natal. Longe dos Colombos deste mundo, deixo com entusiasmo o desafio: marcar com diferença aqueles que mais gostamos.
crónica publicada a 14 de Outubro de 2012 no jornal Meia Hora