I wander around the city and its escapes, discovering the experiences that are worthwhile in a world full of noise.
As a curator of the best of Portugal and sometimes as a World traveller, with more than twenty years of articles published, in the national and international press, and also as an TV Show. author, this is my digital magazine, where I present my curated collection of exquisite life experiences.

Sancha Trindade

Na senda da alegria

Conheci a Isabel Saldanha na Rua Cor-de-Rosa, um encontro marcado encontro com a Maria João Marques e a Rita Saldanha, para conhecer a Lifestories. A importância do foco nos idosos da cidade e uma enorme paixão em contar histórias fizeram-nos passar uma tarde na Pensão Amor, inebriadas pela beleza dos encontros mais puros, nas cidades muitas vezes desconstruídas.

Uma força da natureza, Isabel Saldanha emana energia enquanto se move. O seu corpo perfeito e o ar de miúda traquina reveste uma alma leve de princesa guerreira a quem a vida deu à nascença o dom de agarrar a felicidade como ninguém, apesar de todas as adversidades. Os sapatos encarnados não têm brilhantes, mas o encarnado com que recorta a vida partilha com todos os amigos que ‘there’s no place like home’. Assim construiu as fundações da sua casa, um espaço aberto à beleza dos outros, sempre abraçada à alegria da partilha e da luz contagiante das suas duas framboesas loiras  que fazem parte dela, como algas de um cabelo solto numa noite de verão.

A Isabel escreve bem. Muitissimo bem. É daqueles seres humanos polivalentes que nasce com vários dons ao mesmo tempo. E nem vou falar do seu maior dom, o da felicidade porque esse transpira sabedoria e muitas pontas soltas que apanha o movimento de quem se aproxima, mas do seu enorme talento para desmontar um sorriso forçado, ou uma tristeza mais funda. A importância da frontalidade e das verdades duras cobertas de mel, que nos chegam como um doce, enquanto nos passa um saleiro. De tudo o que faz bem é este o grande dom que hoje lhe agradeço: a beleza com que agarra a vida – que nunca pára apenas passa – e que me pôs a rir numa tarde de stress, uma semana antes do lançamento desta Plataforma Atlântica.

A sessão foi abençoada pela beleza do Palácio Belmonte a quem agradeço um dos cenários mais importantes da minha fusão com a cidade. Depois desta sessão regada de alegria e vinhos da casa, já fizemos uma outra a pedido de um meio de imprensa, a qual construiu um dos sonhos que tinha no meu amor por Lisboa. E só a Isabel Saldanha deu ouvidos à minha loucura.

Assim como quem aceita todos os desafios, como uma mulher que percorre a vida sobre a muralha de genialidade. Mais talento da Isabel Saldanha aqui e aqui.