A American Express convidou-me a descobrir a verdadeira cultura das cidades de Lisboa e Porto. Não as exposições ou a arte e cultura mais óbvia, mas aquela que nos invade subtilmente, pelas esquinas da cidade e que de uma maneira avassaladora, nos conquista, nos marca e nos atrai num momento inesperado a parar, na velocidade dos dias.
Assim são os momentos mais culturais do meu dia a dia. Uma pequena frase que me aparece ao virar de uma esquina, uma sombra de árvore perfeita, onde gosto de me ir refugiar com um livro, a quem tanto gosto e chamar ‘amigo silencioso’, ou uma imagem cénica que fotografo com a alma numa estação de metro, por exemplo. Assim e deambulando pelas ruas da cidade vou descobrindo postais e esconderijos improváveis me inspiram longe dos museus, das galerias ou das livrarias, onde a cultura de uma cidade é mais óbvia e estanque à nossa liberdade mais pura e sensorial.
Em baixo deixo-vos algumas imagens que a minha Leica vai retendo destes momentos que me são oferecidos pelas ruas da cidade, mas queria que este estímulo fosse também um projecto vosso. O que mais vos inspira em Lisboa e Porto, momentos e locais improváveis, longe das salas de museus, galerias, livrarias, e bibliotecas? A todos os que me quiserem ajudar a delinear um mapa original, construído também pelas vossas ideias invulgares, agradeço envio dessas grandes descobertas para sancha@acidadenapontadosdedos.com.
Porque as cidades são feitas de pessoas e essas pessoas somo todos nós, seres ainda mais humanos, quando surpreendidos pelo mais inesperado das nossas cidades.