Conheço o Gonçalo há um tempo e não vou falar do quão longe vão os seus olhos verdes e o seu jeito sempre fresco, revelador de para quem a vida é um processo fácil. O Gonçalo é um grande homem com ar de miúdo e hoje tropecei neste seu video, emocionando-me a pele.
A ideia tocou-lhe o coração durante a maratona de Amesterdão em Outubro de 2012 e um ano depois ajoelha-nos a todos na rendição do corpo e na elevação da alma, de cada vez que saímos à rua em busca do desconhecido. Quem corre sabe do que falo, quem corre sabe o que Gonçalo sente.
A importância do presente, do agora e a certeza da condição de estarmos vivos. As perguntas que nos surgem no silêncio, o sentimento de unicidade, de fusão extrema com a nossa alma, mas acima de tudo a nossa visão do mundo de cada vez que partimos em busca de nada. Em busca de tudo.
A história que o Gonçalo conta é um elogio ao sangue que nos corre hoje e apenas hoje nas veias. “Somos nós que conseguimos”. E hoje Gonçalo tu conseguiste ajoelhar-nos a todos. Pela partilha, pela gratidão, pelo simples facto de estarmos vivos. Obrigada.