I wander around the city and its escapes, discovering the experiences that are worthwhile in a world full of noise.
As a curator of the best of Portugal and sometimes as a World traveller, with more than twenty years of articles published, in the national and international press, and also as an TV Show. author, this is my digital magazine, where I present my curated collection of exquisite life experiences.

Sancha Trindade

Alguém me explica esta lapidação de Património? l

Alguém me explica esta lapidação do nosso Património? Uma visão destas estraga-me uma semana inteira. A sério, fico fora de mim. Lisboa é e pode ser muita coisa a nível de marca e uma delas é ser a Capital do Azulejo. O dono da Farmácia Magalhães, na Rua da Palma, além de uma enorme insensibilidade tem um enorme mau gosto. É neste tipo de situações que ‘ter mundo’ faz muita falta, nem que seja para apurar o sentido estético. E mesmo sem apanhar um avião na Portela, pode-se captar a beleza através da literatura, de concertos de música clássica ou outra coisa qualquer.

A aberração feita pela mão do homem,  lembra-me a farmácia Progresso, que do dia para a noite, poluiu uma das nossas ruas de excelência, a Rua Dom Pedro V espetando um neón que se vê do Largo do Rato.

Não entendo, juro que não entendo. Não percebo o porquê do chamariz em neón luminoso à noite, numa loja que é um serviço de primeira necessidade. Não chegava a cruz verde para mostrar aos doentes noturnos onde é a farmácia? E onde estão os serviços da CML que permitiram uma coisa destas? Também não se movem na beleza, ou acham que é a evolução normal da cidade? A sério quem permitiu um feito destes devia ser punido, quem escolheu, quem montou e quem permitiu. Ia tudo de fila indiana. E desculpem o meu mau feitio, mas imagens destas estragam-me a semana e fazem-me afiar assim cem flechas de uma vez.

Antes de escrever esta mensagem liguei para a Farmácia da Rua da Palma. Primeiro atendeu-me uma senhora que acabou por me desligar o telefone na cara, porque dizia que eu nada tinha a ver com o assunto. Lamento mas tenho tudo a ver: sou uma cidadã que ama esta cidade e que não fica no seu sofá a reclamar sem fazer nada, enquanto destroem o nosso património. Como não compactuo com faltas de respeito e sou muito resiliente voltei a ligar. E atendeu-me outra senhora, a Sofia que educadamente me ouviu. A aberração já lá está há quase um ano e mesmo tendo passado despercebido, não é tempo da CML intervir, obrigando a repor e a restaurar?

De seguida o post será enviado por e-mail (farmaciamagalhaes@gmail.com) para os donos da Farmácia ausentes, o lerem,  e comentarem  o seu ponto de vista. Aguardemos.

Qualquer pessoa vê que isto é errado. Muito errado. É óbvio não é?

(pedi autorização à Cidadania Lx para usar estas imagens postadas pelo Fernando Jorge que participa também no Observatório da Baixa)