‘O carácter asséptico destes lugares exclui-nos deles por serem quase desumanos mas atrai em nós o gosto inexplicável pela “desumanidade” daquilo que parece ultrapassar-nos. Se a complexidade e a estranheza mecânicas são indutoras de enigmas, a nossa distância em relação a elas é indutora de incómoda reverência. Os espaços são por vezes apreendidos no seu múltiplo preenchimento em contraste com a opção dos grandes planos de peças isoladas (incluindo objetos pessoais, os poucos que os astronautas são autorizados a levar consigo)’.
A impossibilidade poética de conter o infinito de Edgar Martins é uma exposição obrigatória. Mais aqui.