I wander around the city and its escapes, discovering the experiences that are worthwhile in a world full of noise.
As a curator of the best of Portugal and sometimes as a World traveller, with more than twenty years of articles published, in the national and international press, and also as an TV Show. author, this is my digital magazine, where I present my curated collection of exquisite life experiences.

Sancha Trindade

Na senda da civilidade, a sublime Scala Regia

Scala Regia © Sancha Trindade 01

Na senda da nossa melhor civilidade, o elogio é imenso. E se guardo bem escondida há já algum tempo, esta nova revista no escritório Atlântico da Rua Garrett, confesso o pecado do tesouro escondido.

A magnífica Scala Regia é muito mais do que uma revista. É uma edição sublime, um objecto de culto e um testemunho do melhor do que se imprime por cá. O folhear das suas páginas de papel enaltece a filha de um alfarrabista da Rua do Alecrim e o entusiasmo dos portugueses, com sentido de mundo e de excelência estética.

O pano abre-se com as palavras do editor, director criativo e editor de moda, Diogo Mayo. Não o conheço pessoalmente, mas alguém capaz de uma edição lindíssima assim, talvez tenha a sapiência de se esconder do Portugal mais atrofiante de todos e por isso não haja espaço ao vulgar encontro pelas ruas da cidade.

Na ousadia das palavras, a Scala Regia é um projecto pulsante de mundo. Com mais de trinta mil fãs no facebook em poucos meses, os sequiosos de beleza e abertura cerebral chegam dos vários cantos da terra. Nas palavras do seu mentor, do ritmo, do impasse e de qualquer dúvida que qualquer espírito empreendedor viva neste país complexo para os ousados visionários, assino também a certeza de Oscar Wilde: ‘podemos resistir a tudo, menos à tentação’ de implementar qualquer sonho que tenhamos o rasgo de imaginar.

Dos pulsantes (mesmo os mais polémicos) conteúdos da Scala Regia, encontramos o melhor de tudo: ‘passado, presente e futuro’ em cento e setenta páginas impressas de personalidades, histórias e objectos plenos de elogio ao sentido do belo. ‘Beauty in Exile’, ‘Diamonds are a girl’s best friends’ e ‘Apatheia’ ou a entrevista de Alvise Orsini a Jeremiah Goodman. Ainda ‘The Duke of Windsor and the abdication’ de Hugo Vickers e ‘The song of the swan’ por Massimiliano Mocchia di Coggiola, encheram as medidas das ambições que ainda guardo para o meu país, que vive longe do lado mais vibrante daquilo que guardo como ‘Europa’.

Não me posso esquecer da imaculada página do elevadíssimo Cecil Beaton. E se somos um país ‘pitoresco’ como tão bem diz a visão de um amigo que existe na minha realidade, apenas em palavras,  é tempo de agradecer o rasgo.

E assim, olhando para as extensas prateleiras da minha biblioteca Atlântica, esta noite rasgo-lhe uma nobre ‘Scala Regia’. Uma publicação que vos tenho escondido e que esta noite liberto, pela ponta dos dedos, como um altíssimo agradecimento. Mais aqui e aqui.

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