É ao longo da muralha que habito, que me escondo nas palavras. Nas palavras, nos poemas que me devolvem a beleza entre os sons e os sentidos. Chego de mãos vazias, e com a pele dourada tento recolher o fugitivo ouro dos dias. Escrevo no muro me acompanha a frase de Gabriel Celaya, a poesia é uma arma carregada de futuro. As promessas esperam por mim, frágeis, acesas e as palavras de hoje, partilho-as na estação do cio, como um segredo. O mais puro.
crónica publicada a 26 de Junho de 2009 no jornal Meia Hora